sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Não trate alunos de EJA como crianças

Editado por Beatriz Vichessi mailto:novaescola@atleitor.com.br

Pessoas com mais de 15 anos - mesmo na condição de alunos - não são crianças crescidas. Da mesma forma que, no trabalho, um senhor de 50 anos não ouve do chefe "Vamos fazer um relatório bem bonitinho", ele não deve vivenciar situações como essa na escola.
O trato infantilizado é um dos motivos da evasão nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e nasce com a ideia equivocada de que se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa disso, é preciso também mudar a abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. Trabalhar com material didático infantil sem levar em conta as expectativas de aprendizagem e os conhecimentos prévios é um equívoco com a mesma raiz.
A EJA tem de ser encarada como um atendimento específico, que pede um currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender e tomar consciência do que está fazendo. Se o educador quiser abordar a origem do ser humano, deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa - sem se desviar das propostas curriculares - e aprofundar a discussão científica, mais do que faria numa turma de crianças.
E, embora a necessidade de respeito à vivência prévia valha para todos os alunos, seja lá qual for a idade deles, no caso de jovens e adultos essa é mais uma premissa fundamental. Cantigas e parlendas - usadas na alfabetização dos pequenos - podem ser substituídas por poesias, mais apropriadas para os leitores mais velhos.

Consultoria Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária, em São Paulo, SP.

Fonte: revistaescola.abril.com.br
Publicação 221 / Abril 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

QUEM É O JOVEM E QUEM É O ADULTO?

Conforme relatos e artigos sobre a EJA, constatei que o aluno adulto, em sua maioria é o nordestino que migrou para as grandes metrópoles em busca de uma situação de vida melhor. Este aluno é extremamente dedicado e entusiasmado, respeita a hierarquia professor x aluno e possui uma vasta experiência de vida, baseada em muita luta, sofrimento e preconceito; é o aluno que busca o conhecimento por vontade própria, valoriza o momento em que está na escola e gosta de estar lá.

Um outro perfil do adulto, apontado pelo Prof.º José Enildo, professor da EJA no Sertão de Pernambuco, são os adultos que Ainda não migraram para grandes metrópoles, trabalharam quando crianças para contribuir com o sustento da casa, são bordadeiras, lavradores, agricultores, operários, etc. Esses alunos buscam na escola conhecimento para sair de sua cidade e migrar para as grandes metrópoles.

Já o jovem é o aluno que por inúmeras reprovações atinge uma idade avançada e acaba sendo transferido para turmas da EJA. Esse aluno é inquieto, desinteressado, fala muito durante as aulas e não está muito satisfeito em ter que estar na escola. É um aluno que não respeita a hierarquia professor x aluno e esta constantemente faltando aulas. Mas o mais preocupante é que a maioria dos alunos jovens, estão de uma certa forma, ligados a criminalidade, fazendo da escola pontos de venda e uso de drogas, e a escola é uma ferramenta que o beneficia na redução de penas e/ou como álibi para acusações criminais.

Existe também um outro perfil de alunos jovens menos preocupante, que são alunos que precisaram trabalhar desde muito jovens, para ajudar no sustento do lar e dessa forma eram constantemente reprovados, por não darem conta do trabalho e do estudo. Esses alunos são inquietos, insatisfeitos e não se identificam com as turmas de EJA.

“O conflito, as contradições e ambivalências próprias da fase do crescimento biológico estão presentes, mas subordinadas e direcionadas pelas necessidades que a realidade impõe, pelas condições que oferece e pela expectativa que decorre de como superar esses enfrentamentos. A tão propalada “revolta” do adolescente e seus atritos com os adultos apresentam-se, ao jovem que freqüenta a EJA, como crítica à ação educativa que pretende mantê-lo na condição de criança, ou mesmo de jovem, com a qual ele não se identifica.” (Suely Amaral e Shirley Costa Ferrari, sem data de publicação)

Com perfis tão diferentes, o professor da EJA muitas vezes se depara com turmas de alunos com realidades, idades, e principalmente, níveis de conhecimento, diferentes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A verdade que se esconde

“Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra um queda no índice de analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). (...).
(...)Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) também tem favorecido este avanço educacional.”
fonte: http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil/

Embora os números sejam favoráveis, a realidade não é tão promissora. Durante algumas pesquisas com ex-alunos de EJA, percebeu-se que esses alunos, apesar de alfabetizados, não entendem o que lêem, além disso, esses alunos sabem fazer análises gramaticais em frases soltas, porém não sabem interpretar textos. Esse aluno certamente não conseguirá ir muito além do que tenha chegado até então, se sua leitura não tem o mínimo de análise. Como ele poderá ler manuais, editais de concursos, circulares, etc., e fazer conclusões desses textos?
Outra questão são as divisões do jovem e do adulto. Como eu disse anteriormente, o aluno adulto é aquele que busca o conhecimento por vontade própria, valoriza o momento em que está na escola e gosta de estar lá. Já o jovem é o aluno que por inúmeras reprovações atinge uma idade avançada e acaba sendo transferido para turmas de EJA. Esse aluno é inquieto, desinteressado, fala muito durante as aulas e não está muito satisfeito em ter que estar na escola. Mas o mais preocupante é que a maioria dos alunos jovens, estão de uma certa forma ligados a criminalidade, fazendo da escola pontos de venda e uso de drogas, além de ser uma ferramenta que o beneficia na redução de penas. Desta forma, o professor tem que lidar com esses dois casos numa mesma sala de aula. De um lado o aluno mais velho, interessado em aprender, porém cansado de um longo dia de trabalho e do outro o aluno jovem, desinteressado e inquieto.

Seria imprescindível que o professor que atua na EJA fosse preparado para lidar com realidades tão complicadas. Porém, esses professores não recebem nenhum tipo de orientação e acabam criando metodologias por eles mesmos. Dependendo da percepção e experiência desse professor, as aulas podem se tornar agradáveis e produtivas a todos, porém pode ser exatamente o contrário, ao passo que tanto o educando e o educador se sintam desestimulados e o resultado final seja o de alunos alfabetizados, que não sabem interpretar o que lêem.

Enquanto o governo só se preocupar com números e estatísticas, os problemas não serão resolvidos de fato e os resultados serão apenas mascarados por “analfabetos que não sabem ler”.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mestre é quem de repente aprende

Agora vou citar o Prof.º Aitel, que atua na EJA do RJ, num quadro mais privilegiado, onde os alunos são em sua maioria adultos que buscam nos estudos resgatar um conhecimento acadêmico. Porém, esses alunos possuem uma carga de conhecimento de vida, que muitas vezes coloca o professor em posição de aprendiz.
O Prof.º Aitel relatou quatro situações, que ele vivenciou, quando ainda era estagiário do curso de Letras da UFRJ e é o que vou contar agora.
Durante a aula, a professora estava trabalhando um texto que falava sobre uma “Casa de Farinha”. Ao término do texto a professora confessou que nunca havia visto uma “Casa de Farinha” antes, um aluno começou a explicar, em seguida um outro acrescentou alguns detalhes e num dado momento, a professora estava sentada numa carteira, enquanto quatro alunos desenhavam no quadro e explicavam como era uma “Casa de farinha”. Nesse momento o Prof.º Aitel, ainda na condição de estagiário, percebeu o momento em que o professor se torna aprendiz.
No segundo relato, o professor estava trabalhando um texto metafórico de “Agulha e linha”. Uma aluna, que era empregada doméstica, concluiu que a agulha era ela que dava duro, enquanto que a linha era sua patroa que só ficava parada esperando ela fazer tudo. Os demais alunos, diante da interpretação da colega concordaram plenamente com o texto. A aluna então contou que certa vez, sua patroa disse: “Maria, tem uma carne estragada na geladeira. Prepara alguma coisa pra você comer.” A turma ficou indignada e de uma certa forma cobrou uma reação da colega. Pois Maria, num ar de vitória, confessou que fez um picadinho e serviu para a patroa comer. Então Prof.º Aitel percebeu que há uma união entre os alunos, por eles entenderem e terem passado por situações semelhantes.
No terceiro caso, o texto trabalhado falava sobre solidariedade. Ao fim do texto um aluno disse num tom áspero “Eu não preciso e nunca precisei da ajuda de ninguém pra nada”. Os alunos se revoltaram com tal comentário. O Prof.º Aitel comentou que muitos argumentos foram usados para mudar a opinião desse aluno, como: “você nunca ficou doente e um médico lhe ajudou?”, “você precisa da ajuda do professor para aprender”, “você nunca carregou nada pesado que alguém te ajudasse a carregar?”, entre outras. Depois de muito alvoroço, o aluno não mudou sua opinião, contou sua versão dos fatos, que incluía o abandono dos pais, de quando morou na rua, sua independência financeira desde muito jovem, enfim, ele cresceu ao ponto de ter uma profissão e naquele momento iniciar seus estudos. Muito embora a turma ainda não concordasse com sua frase, todos compreenderam sua postura e não tiraram sua razão em pensar assim.
E finalizando, durante seu estágio, um aluno pergunta ao Aitel o que ele estava fazendo ali. Aitel respondeu que estava fazendo um trabalho para a faculdade. O Aluno pergunta quantos anos tinha o Aitel, que na época estava com 21 anos, coincidindo assim com a idade do aluno. O aluno muito esperançoso perguntou ao estagiário: “Você acha que eu tenho condições de fazer faculdade também?”. E naquele momento Ailte percebeu que o aluno acabara de construir um sonho.
O que eu pude concluir com esses relatos, foi que a EJA é uma verdadeira escola, tanto para quem é aluno, quanto para quem é professor, o professor mestre na vida acadêmica e o aluno mestre na escola da vida.
E a palestra do Prof.º Aitel terminou com a frase do Guimarães Rosa que resume tudo...

“Mestre é quem de repente aprende”

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Oralidade

Hoje vou falar um pouco sobre metodologia. E o que eu pude perceber até o momento é que na EJA a metodologia quem cria é o professor, de acordo com o que ele percebe da turma. Dessa forma, cada professor busca em sua aula, aquilo que mais interessa aos alunos, até porque, são alunos cansados de um longo dia de trabalho duro, e para que não haja um grande número de faltas, os professores precisam tornar as aulas mais prazerosas.

O Prof.º José Enildo Elias, publicou um livro chamado “A questão da oralidade na Educação de Jovens e Adultos”.




Nesse livro ele compartilha suas experiências como professor da EJA. Eu não li o livro ainda, mas tive a sorte de participar de sua palestra e encontrei um artigo “DA ORALIDADE À ESCRITA EM EX-ALUNOS DA EJA”, que resume uma pesquisa feita com ex-alunos, que você pode encontrar nesse link:

http://www.filologia.org.br/iisinefil/textos_completos/da_oralidade_a_escrita_em_ex-alunos_%20JOSE_ENILDO.pdf

Em sua palestra o Profº Enildo relatou que suas aulas com alunos do sertão de Pernambuco eram feitas através de vivencias dos próprios alunos. Num determinado momento da aula, ele perguntava a algum aluno se havia ocorrido algum evento interessante na comunidade. Como esses acontecimentos eram de conhecimento dos alunos, todos os alunos acabavam participando da aula, dando sua versão dos fatos e acrescentando informações que outros não sabiam. Ao final dos relatos, o professor pedia que os alunos escrevessem aquele acontecimento, sem limite de linhas, sem preocupação com pontuação ou ortografia. O professor recolhia as redações, prometendo corrigi-las e devolve-las. Porém, no decorrer de 5 aulas, ele devolvia as redações sem corrigir, alegando que as leu, porém achava que eles poderiam melhorar.
Dessa forma, os alunos se esforçavam para escrever melhor e tornar os textos mais claros. Ao término do quinto dia, o professor utilizava a redação dos alunos para trabalhar concordância verbal, pontuação e pedia sugestões dos colegas para melhorar a arrumação do texto.
Essa foi a maneira que o Prof.º Enildo encontrou para trabalhar a oralidade dos alunos, tanto na fala quanto na escrita, pois são alunos sem acesso a TVs, computadores, livros, ou seja, seria complicado trabalhar textos prontos de assuntos completamente desconhecidos por eles. Por isso essa técnica proporcionou bons resultados e trouxe auto-estima a esses alunos.
Segundo o professor Enildo, a maioria desses alunos acreditam que só terião a chance de “ser alguém” se migrarem para as grandes capitais, pois não consideram seus trabalhos dignos de grandes reconhecimentos, dessa forma, o professor buscou mostrar que seus trabalhos eram vendidos na capital por preços altos e que ele poderiam se orgulhar de ser o que eram.
O grande desafio era transformá-los em leitores e falantes, para que eles pudessem, através de argumentos e boa linguagem serem compreendidos sem se sentirem diminuídos por pessoas que se utilizam de “boa fala” e “boa vestimenta” para silenciá-los.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os dois lados da EJA

Como já estava previsto, falarei agora sobre as duas realidades da EJA com as quais me deparei durante o X Fórum de Lingüística da UERJ.
No meu primeiro contato, que foi durante a apresentação dos grupos temáticos, as pessoas tinham quadros parecidos. Eram alunos resgatando os estudos que perderam durante sua infância e juventude. De uma maneira geral, os textos eram trabalhados com entusiasmo e muito bem recepcionados pelos alunos. Durante o trabalho desses professores, os alunos passaram a ler com freqüência, a interpretar com facilidade e a produzir seus próprios textos. O que de certa forma causa grande estimulo aos professores. Os alunos desses professores eram em geral nordestinos que vieram ao RJ em busca de melhores condições de vida. Eram grupos formados por domésticas, pedreiros, porteiros, garçons, serventes e imigrantes de países em guerra civil.
Já na palestra o quadro não foi tão diferente. E na “mesa redonda” formada pelo Profº Aitel, Profº Enildo e Profª Maria Teresa, os relatos eram interessantíssimos, mas em todos os casos os alunos estavam entusiasmados e prontos para aprender.
Ao término da palestra, surgiu um novo quadro, algumas professoras ali presentes, relataram que seus alunos não eram entusiasmados, não tinham muito interesse na aula, faltavam constantemente às aulas e que eram turmas basicamente formadas por traficantes, assaltantes e viciados em drogas. Uma professora disse que os apelidos são comuns e que sempre fazem referencia a drogas e crime. Outra professora disse com grande tristeza “Não agüento mais ter que ir a enterro de aluno toda semana.”
Depois tive a oportunidade de conversar com outras professoras que relataram que durante a chamada é comum ouvir “faltou porque está preso” ou “não veio, ta fugindo”.
O que eu pude observar desses dois quadros é quando a EJA separa o JOVEM do ADULTO. O que quero dizer com isso?
Bem, o ADULTO é aquele que por alguma razão não pôde estudar, mas nunca perdeu as esperanças de retomar seus estudos. Quando lhe surge a oportunidade, ele se empenha, se entusiasma e se esforça para dar o seu melhor. Daí surgem belos trabalhos e professores felizes. Já o JOVEM foi aluno da rede pública, que depois de atingirem uma idade muito avançada para estar em determinadas turmas, são transferidos para a EJA. De certa forma esses alunos não estavam interessados em estudar antes, muitos por já terem se viciado muito cedo, outros por falta de estimulo ou convivência familiar inadequada e alguns por terem se associado ao tráfico de drogas muito jovens. Esses alunos por um motivo que eu ainda desconheço, permanecem na escola, querem concluir o ensino fundamental e médio, mas não estão tão interessados assim em estudar.

Para finalizar, ficam as dúvidas: Por que esses alunos permanecem estudando? Será que existe outro quadro da EJA além desses dois que eu conheci?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Primeiro contato

Profº Aitel, Prof.ª Maria Teresa e Prof.º Enildo
X FELIN da UERJ - Mesa Redonda - Tema EJA

No início de Outubro desse ano, eu tive a oportunidade de comparecer ao X Fórum de Lingüística da UERJ. Um dos meus professores apresentou um trabalho nos grupos temáticos e a coordenadora desse grupo era a Profª Maria Teresa Tedesco. Os trabalhos apresentados foram todos excelentes e enriqueceram muito meu pobre conhecimento nesse mundo que estou adentrando agora. Se não me engano foram apresentados 6 trabalhos, e entre eles 3 falavam de EJA. Nesse momento eu tive meu primeiro contato, pois até então, nem sabia o que significava EJA.
Três professores falaram como eles trabalhavam com seus alunos e era nítido o entusiasmo e o carinho dos professores. Uma era professora da baixada Fluminense, outra aposentada do RJ e outro do sertão de Pernambuco.
Bem, com certeza o do sertão de Pernambuco me chamou mais atenção, não só pelo fato de vir de tão longe, mas principalmente por ter sido um aluno da EJA e hoje ter mestrado, doutorado e um livro publicado. Ele falou muito pouco, pois a professora Maria Teresa não queria que ele falasse muito, pois no dia seguinte haveria uma palestra sobre EJA na qual ele faria parte. Então, ele contou de uma forma simples, humilde, com um belo sotaque pernambucano, como ele trabalhava a construção de textos com seus alunos. A partir dali eu me encantei pelo assunto, vi o quanto a EJA era fascinante, principalmente porque o professor muitas vezes troca de lugar com o aluno e se torna um aprendiz. Ouvindo as outras professoras, inclusive a Prof.ª Maria Teresa, pude perceber que ensinar para jovens e adultos seria uma excelente experiência.
No dia seguinte, ocorreu a palestra, e como era de se esperar, as pessoas se encantaram pelo professor do sertão de Pernambuco e suas experiências. E ele ainda finalizou dizendo que ele não fala bonito como os outros professores ali presentes e que provavelmente nunca falará, mas que ele sabe que o primeiro momento de uma discriminação se dá pela fala, pois por mais bem vestido que você esteja, se você não falar corretamente você perde o respeito das pessoas e que se tem algo que ele mais despreza na vida, são pessoas que usam da fala para diminuir outras.
Ele foi aplaudido de pé, mas como na vida nem tudo são flores, havia muitos outros professores de EJA entre o público e ai eu conheci o outro lado da EJA, o lado que nem a profª Maria Tedesco conhecia. Esses eram professores tristes, desesperados, frustrados e desmotivados, ou seja, o oposto dos outros professores, num quadro nem um pouco fascinante, poderia até chamar de um quadro aterrorizante.
Como esse assunto é extenso, esse será o assunto do meu próximo texto “Os dois lados da EJA”, e ai falarei mais a fundo sobre como foi relatado de diferentes pontos de vistas a convivência desses professores com a EJA.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Planejando

Meu objetivo é postar meus (futuros) textos no decorrer do trabalho. Inicialmente relacionei algumas questões que pretendo desenvolver. Outras questões poderão surgir, assim como algumas eu poderei não falar, mas o objetivo aqui é traçar um planejamento onde eu possa me basear durante o desenvolvimento do trabalho.

Alunos
o Perfil – moradia, profissão, idade, condições sociais
o Principais dificuldades
o O que eles esperam com a conclusão do EJA
o O que eles esperam das aulas
o O que a falta de estudos lhe proporcionou
o Por que resolveu voltar a estudar
o Por qual motivo lhe faltou estudos na infância

Professores
o Por que escolheu trabalhar com a EJA
o Alunos em sala de aula – comportamento, linguagem, dificuldades
o O que esperam dos alunos
o Vantagens e desvantagens de trabalhar na EJA
o Maiores dificuldades
o Principais diferenças entre lecionar para crianças e adultos

Metodologia
o Como ocorre o planejamento das aulas
o Como é desenvolvido o trabalho
o Como os alunos gostam de ser ensinados
o Como os professores gostam de ensinar
o Como os alunos são avaliados